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Lisboa - Lisbon, Portugal

terça-feira, 25 de setembro de 2012

miradouros de lisboa (7): Penha de França e Monte Agudo


Lisboa não é feita só de turismo. Aqui não faltam bairros tranquilos, menos pitorescos que o Bairro Alto e a Alfama mas com tanta vida e charme quanto estes. Longe dos monumentos e dos miradouros mais conhecidos da cidade, ficam estas duas vistas que apresentamos agora: Penha de França e Monte Agudo. 

Aquele miradouro fica na freguesia de mesmo nome, um bairro pacato entre Chelas e Anjos. A vista, detrás da Igreja de Nossa Senhora de Penha de França, é simples, sendo possível enxergar até a ponte Vasco da Gama, no distrito oriental de Lisboa.







Mais exuberante que o miradouro de Penha de França é o do Monte Agudo, situado em local próximo. Munido de uma pérgula e um café, o lugar também está longe de ser das atrações mais conhecidas de Lisboa, mas vale muito a pena visitar.

O miradouro é tranquilo, frequentado principalmente pelos locais, ideal para conversas amenas e contemplação.














sábado, 22 de setembro de 2012

miradouros de lisboa (6): São Pedro de Alcântara



Para uns, é o miradouro mais conhecido de Lisboa, e com boas razões: além da belíssima vista e do acesso fácil - localiza-se entre o bairro do Príncipe Real e o Bairro Alto, ao lado do elevador da Glória -, a proximidade a vários hotéis e pontos turísticos torna o “belvedere” de São Pedro de Alcântara atração incontornável, mesmo para quem passa apenas algumas poucas horas na capital lusa.

Trata-se de uma lição topográfica, apreendida em escassos momentos de contemplação. Corre o Tejo à direita, ladeado pela Praça do Comércio e as torres de gótico tardio da Sé, os prédios da Baixa, a estátua de D. Pedro IV (no Brasil, o nosso D. Pedro I) no Rossio, uma ponta do obelisco da Praça dos Restauradores, até a copa verdejante das árvores que margeiam a Avenida da Liberdade, com o Castelo de São Jorge coroando, como é natural por se tratar do ponto mais alto da cidade, o belo cenário. 

O miradouro em si é amplo e confortável; com uma extensa varanda, árvores frondosas, bancos e dois chafarizes, possui um quiosque que serve café. Além disso, descendo as escadinhas nos dois extremos da varanda, chega-se a um segundo “andar”, que conta com um pequeno jardim e outro quiosque.















Pela overdose de fotos, já perceberam que adoro este lugar, né? Ajuda morar perto dele. Mas a beleza é inegável.

Próxima parada em nossa viagem: atravessamos a cidade para mostrar dois pequenos miradouros, Penha de França e Monte Agudo!






quinta-feira, 20 de setembro de 2012

miradouros de lisboa (5): Torel


Não há dúvida, o mais simpático dos miradouros de Lisboa fica no Jardim do Torel - um lugarzinho escondido numa ruela próxima ao Elevador da Lavra (obs: “elevador” em Portugal tanto pode significar a máquina que sobe e desce quanto uma espécie de bonde que leva os passageiros de uma ponta à outra de uma ladeira), inaugurado em 1930 e que conta com uma bela vista de trechos da Avenida da Liberdade e, ao longe, do Tejo. 

Curiosamente, o panorama não é dos mais fotogênicos, pois as palmeiras que lá estão impedem que se tire fotos mais amplas. Por que motivo, então, o Torel seria o miradouro mais simpático da cidade? Pelo jardim que o rodeia; pela frondosa sombra de um gigantesco cipreste cujos galhos emitem um agradabilíssimo farfalhar de folhas quando a brisa sopra; pelas cadeiras com o suporte para os pés - algo pouco visto em Lisboa; pelo café onde é possível bebericar umas “bicas”, descendo alguns degraus à direita do jardim. Mas, principalmente, pelo acesso menos conhecido do Torel, que o salva da frequência avassaladora de turistas que congestionam outros miradouros, como o de São Pedro de Alcântara.









Na penúltima foto, ao longe e à esquerda, é possível ver uma espécie de terraço cinza com muitas árvores. É o Miradouro de São Pedro de Alcântara, nossa próxima parada...


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

miradouros de lisboa (4): Santo Estêvão


Partimos agora para um miradouro menos conhecido que os anteriores. Na foto acima, tirada do Largo das Portas do Sol, verá uma igreja ao centro. É dedicada a Santo Estêvão e abriga, nos fundos, um pouco conhecido miradouro da cidade, localizado no coração da Alfama.




A igreja, classificada como Monumento Nacional português desde 1918, foi construída em estilo barroco no ano de 1733 mas parcialmente destruída logo depois, no grande terremoto de 1755. Das duas torres sineiras, só sobrou uma. Já no século XIX, foi novamente restaurada, encontrando-se hoje em bom estado.

Para quem procura paz e tranquilidade após uma tarde zanzando nas labirínticas ruas da Alfama, é um excelente lugar. Descendo as escadas à esquerda, logo se encontra uma fonte de pedra nobre, muito bonita.







terça-feira, 18 de setembro de 2012

miradouros de lisboa (3): Portas do Sol e Santa Luzia


O Largo das Portas do Sol é uma das varandas mais esplendorosas que você verá em vida. Com uma vista privilegiadíssima da Alfama, bairro lendário pelo fado e pela configuração mourisca de ruas que pede para serem exploradas, também possibilita apreciar um bom trecho do Tejo, a carótida de Lisboa. 

Localizado na freguesia (= espécie de subprefeitura) de São Miguel, o miradouro do Largo projeta-se para o rio, em formato mesmo de varanda. Está quase sempre apinhado de turistas, armados de máquinas fotográficas digitais umas maiores que as outras. Para quem não está interessado em emular Cartier-Bresson, porém, sempre há tempo para se debruçar sobre a grade, ouvir os músicos de rua que por ali tocam e apreciar o amontoado de casas e ladeiras da Alfama. 

À esquerda, no topo, encontra-se o belo Mosteiro de S. Vicente de Fora (veja na foto grande abaixo), melhor exemplo na cidade da arquitetura da época da União Ibéria (1580-1640) e que aparecerá aqui em outro post. À direita do miradouro, ergue-se um pedaço remanescente da “Cerca Moura”, herança das muralhas que circundavam a cidade antiga desde a época dos visigodos.

Uma estátua de São Vicente, patrono de Lisboa, saúda os visitantes. Mas não se iluda, o santo padroeiro “de coração” da cidade é Santo Antônio, que abençoa a maior festa lisboeta, em junho. Mas essa história fica para quando falarmos do Mosteiro de S. Vicente de Fora...














Aos que acharam curiosa a bandeira da Ordem da Cruz de Malta na última foto, explico: a igreja empoleirada sobre a Cerca Moura (essa cinzenta e encardida) é a Igreja de Santa Luzia, sede da Ordem em Portugal e que também tem seu próprio miradouro. Veja abaixo:








Apesar dos dois miradouros serem muito próximos, o de Santa Luzia ganha em beleza e charme. Além de estar aos fundos da Igreja e de um pequeno jardim, apresenta dois painéis de azulejos (desesperadamente necessitando de restauro) e uma área coberta, muito popular entre os turistas.

Próxima parada: o miradouro de Santo Estêvão, na Alfama!


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

miradouros de lisboa (2): N. Sra. do Monte


Depois do "clássico" miradouro da Graça, seguimos para outro menos conhecido mas ainda mais belo. Localizado próximo ao Largo da Graça - basta dobrar duas esquinas e "escalar" uma ladeira íngreme - que o andarilho logo chega logo ao miradouro de Nossa Senhora do Monte. Na minha opinião, é um dos melhores lugares para mirar a "cidade das sete colinas". A ausência de um café ou esplanada (= bar com mesas e cadeiras ao ar livre) torna o lugar mais calmo e contemplativo.








Logo ao lado está a capela de Nossa Senhora de Gens, para onde, segundo a lenda, correm as grávidas para rezar por um parto seguro.




Diante do panorama de quase 270 graus, avista-se a Igreja da Graça, a Igreja do Menino Deus, o Castelo de S. Jorge, a Mouraria e a Baixa pombalina, até o parque de Monsanto e as Avenidas Novas.









Próxima parada: os miradouros das Portas do Sol e de Santa Luzia!




domingo, 16 de setembro de 2012

miradouros de lisboa (1): Graça

Um dos mais visitados de Lisboa, o miradouro da Graça (que ganhou o nome da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen em 2009) tem provavelmente a vista mais conhecida da cidade, com o Castelo de S. Jorge à esquerda.







O miradouro fica logo atrás da Igreja da Graça, construída em 1271 e parcialmente reconstruída após o terremoto de 1755. A melhor hora para apreciar a vista é no final da tarde, sentado numa das muitas mesas da esplanada e bebendo uma imperial fresquinha (em português brasileiro: chopp gelado).



Amanhã: conheça o miradouro de Nossa Senhora do Monte, ainda mais belo que o da Graça!